Incrível o que é capaz esta tecnologia Gigapan (apesar das imperfeições com um zoom mais encherido).
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Gigapan
Incrível o que é capaz esta tecnologia Gigapan (apesar das imperfeições com um zoom mais encherido).
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Discurso de Barack Obama

O discurso de posse do novo presidente, reproduzido abaixo, na íntegra, foi escrito por um jovem americano de 27 anos, parceiro habitual de Obama desde as prévias do partido Democrata e a quem Obama atribui o poder de ‘ler pensamentos’.
Meus caros cidadãos: Eu me coloco aqui hoje humildemente diante da tarefa à nossa frente, grato pela confiança com que vocês me honraram, ciente dos sacrifícios realizados pelos nossos ancestrais. Eu agradeço ao presidente Bush pelo seu serviço à nossa nação, bem como pela generosidade e cooperação que ele mostrou ao longo da transição.Quarenta e quatro americanos agora já fizeram o juramento presidencial. As palavras foram ditas durante crescentes marés de prosperidade e as águas calmas da paz. Mas, de tempos em tempos, o juramento é realizado entre nuvens que se formam e tempestades violentas. Nesses momentos, a América seguiu à frente não somente pela habilidade ou visão dos que estavam no alto escalão, mas porque Nós o Povo permanecemos confiantes nos ideais dos nossos ancestrais e fiéis aos nossos documentos fundadores. Assim tem sido. Assim deve ser com essa geração de americanos.Que nós estamos em meio a uma crise é agora bem sabido. Nossa nação está em guerra, contra uma rede de longo alcance de violência e ódio. Nossa economia está bastante enfraquecida, em consequência da ganância e irresponsabilidade por parte de alguns, mas também por nosso fracasso coletivo em fazer escolhas difíceis e preparar a nação para uma nova era.
Barack Obama
ghost writer: Jon Fraveau – 27 anos
domingo, 18 de janeiro de 2009
Reginald Kenneth Dwight
Breguices jardim botânicas no cômputo, como a traslucida tarja rosada de letras traduzidas - que pareava com a discretíssima idumentária shocking deep pink e o kit de bateria do senhor (e ex-adrógino) Nigel Olsson.
Enquanto a aposentaria parece uma certidão que já deveria ter sido assinada, o passado é glorioso. Para citar austeramente apenas dois exemplos, os discos "Madman Across The Water" e "Goodbye Yellow Brick Road" são highlights da década de 70 e da música popular universal.
E como decidi que domingo é dia de "rádio blog", deixo quatro das melhores faixas deste londrino que nem sempre foi índice de elevadores, tios, salas de espera e vea... Ah, just forgive about it and enjoy!
Love Song
Funeral For A Friend/Love Lies Bleeding (live)
Sixty Years On (live)
Indian Sunset
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
80 anos de Tintin

Os ressentimentos de ter me apegado a detalhes menores (será?) nunca escondeu minha nostalgia. Às vezes parece que respiro isso. Às vezes parece que vivo em 1993. E em 93, o melhor desenho animado de todos os tempos do quarto dos meus pais, e da minha TV preto e branco valvulada, respondia por “As Aventuras de Tintim”. Ele, o maior repórter da Cultura, de Bruxelas e do universo!
Tenho vergonha de nunca ter lido Tintin, que esse ano chega ao octogésimo verão. Quando revi algo da série em 2003, parecia difícil acreditar em como um desenho daquele conseguia prender tanto a atenção de um projeto de 9 anos de idade. Hergé criou um mito e um traço registrado, único, capaz de transformar melindrosas investigações com fundo histórico/contemporâneo em narrativas leves de tão saborosas, nada óbvias. O cão Milú, os detetives atrapalhados Dupond e Dupont, o mouco Professor Trifólio Girassol, o Capitão Haddock e seu cabedal inesquecível de bravatas, a estridente Bianca Castafiore.
Saudade, saudade.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Old Buk

O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio.
Bem o que eu posso fazer? Nada.
E não vamos nem falar em televisão.
Música clássica, charutos, o computador faz o texto dançar, gritar, rir. O pesadelo da vida também ajuda.
Lembro de uma carta longa e furiosa que recebi um dia de um cara que me disse que eu não tinha o direito de dizer que não gostava de Shakespeare. Muitos jovens iam acreditar em mim e não se dariam ao trabalho de ler Shakespeare. Eu não tinha o direito de tomar essa posição. E assim por diante. Não respondi na época. Mas vou responder agora.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
De sangrar os ouvidos
Florence não era humorista, o fato é que ninguém nunca teve coragem de dizer como ela era ruim. E a mentira a fez feliz como a verdade jamais faria. Herdeira de banqueiro milionário, Foster Jenkins se considerava uma grande diva e consagrou a fantasia alada de 'anjo iluminado', que costumava usar em algumas apresentações.
Abaixo um worst of da soprano. É de fazer o Edson Cordeiro se revirar no túmulo.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Carro

sábado, 3 de janeiro de 2009
Cruzeiro - 88 anos

Nelson Rodrigues (Jornal dos Sports, 09 dezembro 1966) “Depois da vergonha e da frustração da Copa do Mundo, nenhum acontecimento teve a importância e a transcendência da vitória de anteontem. Por outro lado, não foi só a beleza da partida, ou seu dramatismo incomparável. É preciso destacar o nobre feito épico que torna inesquecível o feito do Cruzeiro. Não tenhamos medo de fazer a sóbria justiça: aí está, repito, o maior time do mundo.”
O feito épico a que se refere o dramaturgo é o título brasileiro de 66. Um sonoro 6 a 2 em um Mineirão repleto e um 3 a 2 (de virada) em uma tempestuosa São Paulo, contrariando todos os prognósticos da imprensa nacional que apostava em um troco a altura do então melhor time do mundo. A vantagem de dois gols que os santistas abriram no primeiro tempo até fez crível a previsão, mas a virada não tardou. Como conta o craque Tostão, que ainda perdeu um pênalti antes de fazer um gol de falta naquela partida: “Se houvesse mais cinco minutos de jogo faríamos 6 x 2 de novo, tamanho descontrole emocional do Santos”. Aos que dizem que a conquista da Taça Brasil não vale como Campeonato Brasileiro, respondo: pormenores! Essa não é a questão. O ponto é que indiscutivelmente após o nascimento daquele time mágico o futebol mudou de eixo. O então torneio Roberto Gomes Pedrosa Rio-São Paulo virou Robertão e abraçou times mineiros, sulistas e nordestinos. Não dava mais pra ignorar a revolução iniciada em Minas. Nos limites do estado, a conquista, aliada ao surgimento do Mineirão um ano antes, representou uma nova era do futebol mineiro. Os dois times então mais populares da cidade assistiram a um crescimento estrondoso da torcida dos rivais celestes, capitaneada pelos lances geniais de Tostão, Evaldo e Dirceu Lopes. Foi ali também que nasceu a maneira cruzeirense de jogar futebol. Citando Tostão mais uma vez: “Enquanto os outros times eram prosa,o Cruzeiro era poesia”.
A história, no entanto, começara 45 anos antes, nos arredores do Barro Preto. A representativa colônia italiana de Belo Horizonte marcou sua presença na cidade com a fundação da Sociedade Esportiva Palestra Itália. Forçado a mudar de nome por determinação do governo varguista, o clube chegou a se chamar Ipiranga. A intenção era buscar algo que representasse o país que tão bem acolhera aquele povo. Daí a sugestão do nome ser o mesmo do rio que sediou o célebre grito de independência. Mas o batismo definitivo só viria depois de uma inspiração buscada no céu. O Cruzeiro do Sul, cantado no hino e desenhado na bandeira nacional, foi também guia do italiano Américo Vespúcio em sua expedição rumo à descoberta da América. Aquele era o símbolo perfeito para representar a transcendente e eterna ligação entre os dois povos.
Dez anos e dois vice-campeonatos brasileiros depois, veio a conquista da América. A geração era outra, mas igualmente espetacular. Nelinho, Palhinha, o forasteiro Jairzinho. A vitória sobre o River Plate, em um jogo no Chile, apresentou o Cruzeiro ao continente. O Boca ainda ganharia de forma polêmica um campeonato continental em cima do Cruzeiro antes que começasse o inferno astral dos anos 80. Na década de 90, o apetite voltou: duas Supercopas dos Campeões da América. A última delas, um épico 3 x 0 sobre o mesmo River. A busca do placar quase impossível (necessário para a conquista) desnorteou a passional imprensa argentina que deu ao time mineiro a alcunha de La Bestia Negra. O título continental só voltaria em 97, naquele chute benditamente torto do Elivelton.
Pelo Brasil, o Cruzeiro continuava a desafiar os catedráticos da imprensa nacional com conquistas espetaculares da Copa do Brasil. Uma seguida da outra. Quatro, no total. O título brasileiro veio oficialmente só em 2003, mas da melhor forma possível. Um futebol de encher os olhos e as redes dos adversários, bem ao estilo cruzeirense de jogar.
Algumas derrotas também merecem entrar na história do clube. A final do mundial de 76 contra o Bayern, de Beckenbauer e Gerd Müller, é considerada por muitos como o melhor jogo da história do Mineirão, mesmo em um empate sem gols. Na partida de volta, em uma gélida Munique sob neve, o time alemão venceu por dois a zero. O vice-campeonato brasileiro de 75 contra o Inter de Falcão e Figueroa, foi responsável por alguns dos melhores momentos que o futebol brasileiro já viu.
A tônica é essa. Em perdendo ou ganhando, sempre pela poesia. E que outros tantos belos momentos estejam por vir.
Pedro Grossi