terça-feira, 29 de maio de 2007

O gol mil do Romário

Sempre fui um pouco relutante com o Romário. Pra mim, ele entra no mesmo grupo de Chico Buarque, Maria Rita e Los Hermanos: competentes em suas funções, mas tão supervalorizados pela mídia que acabam me causando aversão. No caso do futebolista há ainda os agravantes da marra e da máscara que o acompanharam por toda a carreira. Esse arrastado milésimo gol só contribuía com o meu sentimento anti-romarista. Mas o documentário exibido no último domingo pelo Esporte Espetacular, que aliás há tempos demonstra uma inegável qualidade em suas matérias, me fez rever alguns conceitos.

Estou careca de saber que o futebol é um dos principais trampolins sociais do Brasil. Sei também que Romário veio de família pobre e ganhou a vida graças ao talento esportivo. Mas essa história foi tantas vezes repetida que os fatos perderam o peso. Dos nossos, como diz o outro, 'palacetes acarpetados' é um pouco difícil dimensionar o que é nascer na periferia carioca em um criadouro de criminosos. Pra quem nasceu num lugar desses já é louvável o fato de conseguir chegar ao fim do dia e perceber que nenhum membro da família morreu de fome ou em um tiroteio com a polícia. Além de talento, Romário teve sorte. Quantos outros morreram antes de conseguir mostrar em uma peneira o dom para o futebol?

No supracitado documentário, aparecem os personagens que fizeram a história do Romário ser diferente. A tia que dava dinheiro pra ele pagar o transpote até São Januário, o treinador de várzea que sabia do talento que tinha em mãos, as testemunhas de lances que mais tarde encantariam milhões de torcedores pelo mundo e o pai que depositava em Romário a chance de sair da pobreza extrem em que viviam. Nem os clichês típicos de uma produção global, como a narraçao de Sérgio Chapelin e as imagens em contraluz de jogadores fazendo embaixadas ao por do sol, diminuíram a força do programa. Nesse caso, o conteúdo foi mais forte do que a forma. Os depoimentos do Romário demonstraram o ser humano por trás da marra e da máscara, que talvez não sejam nada mais do que defesas de quem se criou em ninhos de cobras.

Nos jogos em que o milésimo era esperado, uma câmera silenciosa acompanhava os passos do jogador. Sem Sérgio Chapelin e sem trilhas do Marcus Vianna. Apenas Romário e seu destino. E nós, como privilegiadas testemunhas. Quando finalmente saiu o gol, Romário recebeu aqueles a quem deve todo o sucesso. Nenhum atleta, nenhum jornalista, nenhum cartola. Estavam lá a esposa, as filhas (uma delas com síndrome de Down) e a tia que emprestava dinheiro pra ele ir treinar.

PS.: A matéria feita pelo Régis Resing para o Jornal Nacional sobre o gol 1000 foi excepcional. É estimulante saber que o jornalismo ainda tem salvação


Pedro Grossi

segunda-feira, 28 de maio de 2007

A madrasta dos baixinhos



"Me ajuda, por favor, senta aí. Numa boa, legal, legal, pra mim não ficar pedindo muito."



Leonardo Rodrigues

terça-feira, 22 de maio de 2007

The Same Old Song

Chega uma hora em uma partida de futebol, lá pelos trinta do segundo tempo, quando o time que joga pelo empate, já física e mentalmente enfraquecido, se entrega à certeza de que o melhor é segurar o resultado. Qualquer esforço maior representa um risco que pode levar tudo a perder. Na música, a longevidade é um indicador quase tão certo deste dilema quanto o da chegada das rugas, dos pneuzinhos sobressalentes ou da dúvida entre gravar um acústico ou um disco de covers. Quem acompanha Ozzy e sua trajetória, conduzida à mão de ferro pela esposa Sharon Osbourne desde o ínicio dos anos 80, sabe bem o que significa a sensação de jogo ganho.

“Black Rain” é o melhor rebento do ex-comedor de morcegos desde “No More Tears” (1991). O que não quer dizer muito. Osbourne lida com a carreira-solo como um pormenor desde a turnê “No More Tours”, quando ameaçou a aposentaria para em seguida ensaiar idas e vindas ao Black Sabbath. Plano ao menos temporariamente abortado com a volta de Ronnie James Dio ao grupo, agora sob a égide Heaven And Hell. Para completar, ainda tivemos a organização de um festival itinerante pelos EUA, o Ozzfest, e a pagação de micos via reality show com “The Osbournes”. A esta altura do campeonato, a dúvida: o que esperar daquele que um dia ostentou o cetro de “príncipe das trevas”? Sobriedade. Priscas eras em que uma carreirinha de formigas era o pretexto ideal para mais uma fungada. Segundo o próprio, é a primeira vez que compõe e grava um álbum livre de aditivos químicos. Nada mais natural para um pai de família quase sexagenário que há pouco driblou a morte em um bizarro acidente de quadriciclo. Excentricidades de um mundo à parte, não de hoje é visível que os traumas do presente e passado deixaram marcas irreversíveis, e Ozzy está aprendendo a lidar com elas.

Como as cicatrizes dos conflitos e paranóias pós-11 de setembro, impregnados em tons soturnos no disco. Mesmo não sendo exatamente esta a intenção, Countdown's Begun” surge como manifesto anti-bélico, uma espécie de atualização de “War Pigs” – como se ela precisasse ser atualizada trinta e sete anos depois. Há também a introspectiva “Lay Your World On Me”, imersa em um remorso tão explícito que é capaz de estranhar os desavisados. “Eu não estive presente quando você precisou de mim/eu não mereço o amor que você dá/mas agora estou te dizendo que estou aqui”, retrata-se inspirado na luta de Sharon contra um câncer no útero.

A dinâmica da ótima banda, que agora conta com uma guitarra mais contida de Zakk Wylde, além do ex-Faith No More Mike Bordin na bateria, e do baixista Rob Nicholson, leva um estilo às últimas conseqüências. Não é de admirar que seja um trabalho exclusivamente voltado a quem o madman deve até o último fio de cabelo tingido. O fã. Talvez tendo isto em mente dê para receber com um sorriso no rosto as tradicionais e chorosas melodias de “I Don't Wanna Stop”, ou ‘esquecer’ de antemão que baladas como “Here For You” nunca foram compostas. É aquela velha sensação de mais do mesmo que tanto acomete artistas de determinada quilometragem. Ozzy não foge à regra e compra como poucos a idéia de que para se manter inabalado no patamar de rockstar é preciso antes de tudo alimentar o próprio personagem. Só assim para minimizar a sensação de déjà vu ao longo das faixas, potencializada inclusive na boa “Not Going Away” e também na faixa-título.

No resumo da obra fica a impressão de que toda a mitologia ao redor do nome Ozzy Osbourne é, de longe, muito maior que qualquer investida fonográfica. O porém é que ele chegou a um ponto em que não precisa, necessariamente, fechar-se na retranca para jogar pelo empate. Poderia muito bem lançar um novo disco; novo mesmo, com novas influências, referências, daquelas que fazem os ‘verdadeiros’ seguidores se ajoelharem no milho e pagarem penitência para se verem livres. Mais ou menos como ensaiado em “Down To Earth”, de 2001. Poderia... bem como pendurar as chuteiras de vez.

Ozzy Osbourne - Black Rain


Tracklist

1. Not Going Away
2. I Don't Wanna Stop
3. Black Rain
4. Lay Your World on Me
5. The Almighty Dollar
6. 11 Silver
7. Civilize the Universe
8. Here For You
9. Countdown's Begun
10. Trap Door

http://rapidshare.com/files/31707137/2007_Black_Rain.zip.html



Leonardo Rodrigues

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Vai um votinho aí?

Esta merece ser reproduzida na íntegra:

Candidata ao Senado belga "promete" praticar sexo oral com seus eleitores

Bruxelas, 16 mai (EFE).- A candidata ao Senado belga pelo partido de protesto NEE ("Não" em holandês), Tanja Derveaux, garantiu hoje uma "surpresa" para quem se inscrever na lista para desfrutar uma das 40 mil felações que ela "promete" no marco de sua provocadora campanha eleitoral pela Internet.

"Todos que se cadastrarem receberão algo muito divertido", assegurou Tania ao ser interrogada pela Efe a respeito da seriedade de sua campanha para as eleições legislativas do próximo 10 de junho.

A jovem estudante de marketing decidiu, junto com cinco amigos, tirar férias para concorrer às eleições municipais e legislativas na Bélgica a fim de oferecer "um voto de protesto imparcial" àqueles eleitores que não estejam contentes com nenhum partido e queiram deixar clara sua decepção com as promessas que não forem cumpridas.

O NEE quer colocar os partidos políticos tradicionais frente a seus defeitos e aproximar a política dos cidadãos.

De início, Tania aparecia na publicidade eleitoral do NEE desnuda ou seminua com asinhas de anjo e prometia criar 400.000 "jobs" (empregos, em holandês), parodiando a oferta do partido do primeiro-ministro, Guy Verhofstadt, de criar 200.000 empregos.

Mas a reação de um seguidor, que lhe perguntou por que não prometia "blowjobs" (felações, em inglês) em vez de "jobs", fez com que Tania e sua equipe decidissem dar uma reviravolta ainda mais provocadora e exagerada ao slogan.

Em sua página eleitoral www.nee-antwerpen.be, Tania oferece agora "40.000 blowjobs" para quem se registrar.

Ao ser perguntada se não teme que alguns crédulos possam levar a sério a promessa, Tania assegurou que "a maioria do povo entende logo de cara que não é real".

"As pessoas não são tolas e aquelas pessoas que nos fazem perguntas a respeito explicamos o que está acontecendo para elas", disse a jovem, que acrescentou que "até agora só recebemos reações positivas".

O que ela deixou claro é que vai assumir sua cadeira em caso de ser eleita.

"Defenderei a inclusão na legislação eleitoral, em todos os níveis, da possibilidade de expressar um voto de protesto, um não, do mesmo jeito que o voto em branco", explicou.

"Os eleitores que votarem 'não' também poderão dizer se seu voto é para algum partido em particular que os tenha defraudado, de modo que a sigla saiba quantas pessoas não estão de acordo com sua política", assinalou Tania, acrescentando que estes votos na prática estariam representados por cadeiras vazias.

O NEE obteve o apoio de mais de 4.500 eleitores nas eleições municipais de outubro passado em Antuérpia, o que representa nada menos que 1,5% dos votos em sua primeira participação.

Desde a criação do NEE, justo antes do pleito municipal, a popularidade do partido, e em particular de sua cabeça de lista, não para de aumentar, embora o grande sucesso tenha sido alcançado por enquanto apenas no estrangeiro.

Segundo estatísticas do site www.alexa.com, o portal do NEE é na atualidade a mais visitado entre os portais políticos, acima das páginas web da Casa Branca e do partido trabalhista britânico.


http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2007/05/16/candidata_ao_s
enado_belga
_promete_praticar_sexo_oral_com_seus_eleitores_790455



Nossa fauna ainda tem muito o que aprender.




Leonardo Rodrigues

terça-feira, 15 de maio de 2007

Campeonato bilionário

A Record não tá de brincadeira. Eduardo Zebini, diretor de esportes da emissora paulista, se reúne hoje com o ex-presidente do Grêmio e atual presidente do Clube dos 13 Fábio "pigarro" Koff para fazer uma proposta oficial pelo campeonato brasileiro do ano que vem. A Record não divulgou os valores para evitar qualquer movimentação da Globo, como aconteceu na negociação do campeonato paulista, mas os sites especializados dizem que o montante pode chegar a 1 bilhão de reais (!). Pelos campeonatos de 2005 e 2006 a Globo pagou cerca de 800 milhões (400 milhões por ano), valor bem acima dos 225 milhões pagos em 2004. (A título de comparação: o canal inglês BskyB do magnata das comunicações Rupert Murdoch pagou à Premiere League, uma espécie de Clube dos 13 da Inglaterra, o equivalente a 4,2 bilhões de reais pela exclusividade de transmissão do campeonato inglês durante o triênio 2000 -2003. Cerca de 1,4 bilhões de reais por ano).
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A inflação nos direitos de imagem do futebol começou nas renegociações dos torneios regionais. O preço do campeonato mineiro, por exemplo, subiu de 2 para 16 milhões. Cruzeiro e Atlético que ganhavam 800 mil por ano vão receber mais de 4 milhões. Enquanto isso as Federações ficam mais ricas e mais atrativas para a corrupção, com receitas milionárias e gastos irrisórios. O campeonato vai continuar rural, mas deixa de ser deficitário.
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Não é de hoje que a Igreja Universal tenta investir no esporte. Em 2000, foi criado o Universal FC, clube com média de 40 mil torcedores por jogo que chegou a disputar a segunda divisão do campeonato carioca. Deus não ajudou, os resultados não apareceram e o 'clube' fechou as portas no ano seguinte. Dessa vez, a estratégia foi outra. Afinal, os bispos têm mais talento pra gerir empresas de comunicação do que times de futebol. Não deixa de ser irônco pensar que um produto cada vez mais caro e valorizado como o futebol é, em última análise, financiado pelos pobres dizimistas.
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O ambicioso projeto da Record de atingir a liderança parecia piada quando as investidas começaram há uns dois anos.
Hoje em dia (pra fazer referência ao jornal do bispo Macedo), o grande escalão da Rede Globo está perdendo o sono. O próprio eterno segundo lugar Sílvio Santos já começou a mexer seus pauzinhos e contratou uma empresa de consultoria para detectar os problemas do SBT. Não é necessária uma empresa de consultoria pra isso. O principal problema do SBT é o próprio Sílvio Santos, que usa o canal, que é uma concessão pública, como um brinquedinho particular. O ex- jornalista de Veja Ricardo Valladares que foi contratado pra ser o diretor de programação da emissora ficou 4 meses no cargo e saiu de lá sem sequer ser reconhecido nos corredores.
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Eu achava que as ações da Record não iriam ameaçar a toda poderosa Vênus Platinada pelo simples motivo da programação paulista ser um pastiche da programação carioca. Por que alguém deixaria de ver a Globo pra ver a mesma programação na Record? Pra se mudar o hábito das pessoas era preciso oferecer uma alternativa, eu imaginava. A Globo se especializou em novelas e o SBT em programas de auditório. Já a Record da gestão Universal não tem know how em nada. Ficou sem identidade. Poderia ter se especializado em um modelo novo de jornalismo, num formato brasileiro de sitcoms ou em festivais de música como antigamente. Em vez disso, preferiu levar os profissionais da Globo ( a mais recente aquisição é a correpondente do JN em Nova Iorque Heloísa Vilela) pra refazer nos mínimos detalhes a programação da emissora carioca. O que eu não imaginava era que a Record tivesse tanta bala na agulha pra botar em ação um novo plano que, de fato, ameaçasse a soberania da concorrente. Adquirindo o Campeonato Brasileiro, a Record teria um valioso produto pra bater de frente com o Jornal Nacional e com a novela da noite, a dupla mais rentável da Globo, já que os jogos do meio de semana passariam para às 20h30min. Nos finais de semana, Faustão teria que rebolar sua cintura de ovo pra continuar na liderança. E como existe um contrato velado que dá ao sexo masculino a prerrogativa de possuir o controle remoto não há intriga de Gilberto Braga ou dança de famosos capazes de impedir a migração dos telespectadores.
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Não resta dúvida que fundar Igrejas é um dos 'negócios' mais lucrativos que existem. Imagine ao longo da história da humanidade quanto dinheiro alguns ganharam com a necessidade do ser humano de acreditar em algo. E ainda tem bispo senador com projeto de lei para incluir as igrejas como potenciais beneficiárias das leis federais de incentivo à cultura. Mamar na vaca vocês não querem não né?



Pedro Grossi

sábado, 12 de maio de 2007

Homenagem à arbitragem brasileira


Quem precisa de Simon?



Leonardo Rodrigues

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Quem sabe na próxima?


Avisando ao Simon que a pizza hoje é por nossa conta



Pedro Grossi

quinta-feira, 10 de maio de 2007

A visita


Pilhéria infame da semana:
- Por que o papa veio ao Brasil?
- Para abastecer o papamóvel com gasolina brasileira, a única que já vem batizada.

E Bento XVI recebeu das mãos de Gilberto Kassab a chave da cidade de São Paulo. Mas a pergunta que paira: onde fica a fechadura?

Comentários, por favor.



Leonardo Rodrigues

domingo, 6 de maio de 2007

Jejum quebrado

Hoje é dia de título para muita gente, mas um em especial. A Portuguesa, um dos times mais simpáticos (e roubados) que se tem notícia, é a mais nova campeã da Série A-2 do campeonato paulista. 4 a 0 sobre o Rio Preto, vitória incontestável, campanha impecável. Um alento após milagrosa recuperação na Série B do Brasileiro, que meses atrás salvou o time de mais um descenso.

Lá se iam 31 anos desde a última conquista, a Taça Governador do Estado. E 34, quando dividiram o estadual com o Santos, graças à atuação esdrúxula de Armando Marques. Nem o fenômeno Dener teve a chance erguer um troféu pelo clube. Parabéns à Lusa. Agora só falta o Celtics.


Leonardo Rodrigues

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Tome um banho azul e tape o umbigo por 3 dias

Zapeando pelos canais da TV aberta vi um furo de reportagem. No mesmo palco estavam Cartola e Cazuza, considerados dois dos maiores compositores da música brasileira. Interrompidos apenas pelas propagandas da câmera digital mais vendida do Brasil os dois falaram sobre mulheres, drogas, poesia e até deram palpites sobre a situação política do país. Não sabia que os dois eram amigos, mas os sensitivos 'mediuns' que participavam do programa da RedeTV! eram. Tinha chegado no meio da atração e não estava entendo a piada, por isso esperei que o homem e a mulher de mãos trêmulas e olhos virados pra cima começassem a imitar ou o Clodovil ou o Sílvio Santos. Mas aquilo estava sendo levado a sério e comecei a ficar com medo, não de receber o espírito do Cartola, o que ia ser interessante porque pela primeira vez eu teria algum talento musical, mas de pensar o que a TV faria dali pra frente.
Isso foi há cerca de um mês.

Hoje percebi que é uma tendência. Esperando a transmissão de Milan e Manchester vi na Band um programa que não sei o nome em que uma 'mediun' dá dicas às pessoas que ligam reclamando dos problemas pessoais. Depois de ouvir ela mandar uma telespectadora (sim, esse programas têm telespectadores) tomar um banho azul e tapar o buraco do umbigo por três dias, resolvi mudar de canal. Só deu tempo de ouvir mais uma dica: a de que a urina masculina corta qualquer macumba ou ritual de magia negra. Não vejo a hora de tropeçar em um prato de farofa na esquina.



Pedro Grossi