quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Faz falta

O GP de Adelaide do último post foi histórico não apenas pelo embate de prender a respiração. Muitos podem não se lembrar mas aquela foi a despedida da Lotus negra, patrocinada pelos cigarros John Player Special e de belíssimos filetes em dourado. Uma parceria vitoriosa que durou uma década e meia e que teve início com Emerson Fittipaldi em 1972. Carros pretos como aqueles nunca haviam existido e, segundo o próprio Emo, a cor era um artifício que ludibriava a noção de profundidade que o piloto da frente tinha ao olhar pelo retrovisor.

Como eram bonitas essas baratas da Lotus.

Uma pena que nos anos seguintes, após amarelar com a Camel e se transformar num varal de marcas sem qualquer identidade, o time tenha entrado numa cruel curva descendente, jogando a toalha no final de 94.

Na foto, os segundos iniciais da prova que marcou a primeira vitória de Ayrton Senna na F1, no molhado Estoril de 85. Na ponta, a dupla da equipe de Colin Chapman: Senna e o ótimo Elio De Angelis. Curiosamente ambos viriam a morrer na pista. O italiano no ano seguinte, já pela Brabham, em testes privados no circuito de Paul Ricard. O brasileiro, claro, todos devem se lembrar.



Leonardo Rodrigues

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